Como funciona o concurso unificado e quem pode fazer?

Já ouviu falar do “Enem dos concursos”? É assim que o concurso unificado é popularmente conhecido — afinal, com apenas uma inscrição você pode concorrer a vários cargos, em diversos órgãos públicos.

Dessa maneira, economiza tempo e dinheiro, já que não precisa se inscrever em vários editais. Gostou da ideia? Então, siga conosco, pois neste artigo vamos responder estas perguntas sobre o assunto:

• Como funciona a inscrição no concurso unificado?
• Quem pode fazer o concurso unificado?
• Quais são os cargos do concurso unificado?
• Quais são as vantagens do concurso unificado?
• Como funciona a escolha de cargos no CNU?
• Como funciona a prova do CNU no nível médio?
• Quanto ganha quem passa no concurso unificado?

No final, deixamos uma dica especial para você começar hoje mesmo a se preparar para passar de primeira em concursos.

Como funciona a inscrição no concurso unificado?

A inscrição no Concurso Nacional Unificado (CNU) é feita online, no site oficial da banca organizadora. Quando um edital estiver aberto, você deve preencher seus dados, escolher a área de atuação desejada, pagar a taxa de inscrição (ou solicitar a isenção, se for o caso) e confirmar a inscrição.

Inclusive, caso você não conheça o CNU, um diferencial desse concurso é que a inscrição centraliza o acesso a várias vagas de órgãos diferentes em um único processo seletivo, o que facilita a vida dos candidatos. 

Para pedir isenção da taxa de inscrição, é preciso se enquadrar em algum destes critérios:

• Inscritos no CadÚnico; 
• Doadores de medula óssea; 
• Bolsistas Prouni; 
• Financiados pelo Fies.

Quem pode fazer o concurso unificado?

Qualquer pessoa que atenda aos requisitos mínimos do cargo pode participar do CNU. Em geral, o principal requisito é ter escolaridade compatível com a vaga (nível médio ou superior), além de estar em dia com as obrigações eleitorais e, no caso dos homens, com o serviço militar.

A idade mínima é de 18 anos e não há limite de idade máxima para participar, salvo em cargos específicos que exijam aptidão física especial. Além disso, há cotas reservadas para pessoas negras, quilombolas, indígenas e com deficiência.

Quais são os cargos do concurso unificado?

Em sua segunda edição, o CPNU com 3.652 vagas para 32 órgãos federais, nas áreas de administração, tecnologia da informação, saúde, cultura, regulação, desenvolvimento socioeconômico, entre muitas outras. 

Esses cargos vão desde funções de nível médio, como técnicos administrativos, até carreiras de nível superior, como analistas, auditores, engenheiros e especialistas. 

Como a lista é bastante extensa e varia de acordo com a edição do concurso, o ideal é que você cheque a relação completa de vagas na página oficial do CNU.

Quais são as vantagens do concurso unificado?

Prestar o concurso unificado tem suas vantagens, veja só:

• Várias oportunidades em um concurso só: em vez de se inscrever e pagar taxas em concursos diferentes, você faz apenas uma prova e, consequentemente, economiza tempo e dinheiro;
• Mais chances de nomeação: com uma única participação, você concorre a cargos em diferentes órgãos e cidades, ou seja, suas chances de aprovação aumentam; 
• Processo padronizado: a seleção é unificada, então as regras serão claras e iguais para todos os participantes. Assim, fica mais fácil até mesmo acompanhar as etapas do concurso.

Ah, e mais um detalhe: como o concurso unificado é nacional, as provas acontecem em diversas cidades do Brasil, então, pessoas de diferentes regiões conseguem participar da prova.

Como funciona a escolha de cargos no CNU?

Na hora de se inscrever, você deve escolher um bloco temático, em vez de uma vaga só. Na prática, funciona assim:

• Você seleciona um dos blocos temáticos do edital, com base nos requisitos de escolaridade que correspondem à sua formação ou interesse;
• Dentro desse bloco, vai listar em ordem de prioridade quais são os cargos que você deseja concorrer e para os quais cumpre os requisitos de participação.

A classificação será feita seguindo a sua lista de preferência. Ou seja, se a sua nota não for suficiente para o primeiro cargo, então o sistema vai automaticamente te classificar para a segunda opção — e assim por diante, até que a pontuação seja suficiente para alguma vaga.

Se receber a aprovação em alguma das alternativas da lista, você automaticamente deixa de concorrer às outras vagas.

Dica: como o “catálogo” de oportunidades é grande, lembre-se de conferir os requisitos para cada cargo e a localização dessas vagas. Assim, fica mais fácil selecionar o que realmente te interessa. 

Como funciona a prova do CNU no nível médio?

No nível médio, as provas do Concurso Unificado são divididas em um exame objetivo de 68 questões — 20 de conhecimentos gerais e 48 de específicos, além de uma redação. 

Cada uma das provas tem o peso de 100 pontos e a discursiva (redação) em geral só é feita por aqueles que se classificaram no exame objetivo. A duração é de 3h30.

Em relação ao conteúdo dos exames, cada bloco tem uma prova única para todos os cargos. A única diferença é que o peso de cada tópico muda de um cargo para o outro. Essa variação acontece para que os órgãos responsáveis consigam garantir a complexidade e a natureza de cada função, seguindo aquilo que a legislação prevê.

Quais disciplinas devo estudar para o CNU?

O conteúdo do CNU é dividido entre conhecimentos gerais e específicos — este último varia de acordo com o bloco temático escolhido. Na prova geral, o que cai é o seguinte:

• Língua Portuguesa;
• Matemática;
• Realidade brasileira;
• Noções de Direito;
• Ética e integridade;
• Políticas públicas.

Para você ter uma noção de como são os exames de conhecimentos específicos, trouxemos os tópicos dos blocos temáticos do CNPU de 2025:

Quanto ganha quem passa no concurso unificado?

A remuneração varia de acordo com o cargo e o órgão de lotação. Em nível médio, por exemplo, os salários iniciais ficam em torno de R$4.000 a R$6.000. Para nível superior, os valores podem ultrapassar R$10.000 — em algumas carreiras específicas, as faixas são ainda mais altas, como auditorias e agências reguladoras.

E não se esqueça: além do salário, os servidores têm benefícios como plano de saúde, auxílio-alimentação, progressão na carreira e estabilidade após o estágio probatório. 

Notou que a tabela mostra duas faixas salariais, divididas por pontos? A lógica é a seguinte: em vários cargos federais, além do salário-base, o servidor recebe uma gratificação de desempenho. 

Essa gratificação é calculada com base em uma pontuação (normalmente de 0 a 100 pontos). Por isso:

• 80 pts: é o valor simulado com o servidor recebendo 80 pontos de gratificação (uma referência usada como média);
• 100 pts: é o valor máximo que o servidor pode receber se tiver a pontuação máxima de desempenho.

Na prática, o salário nunca será menor que o mostrado na coluna de 80 pts, por isso, o valor serve como uma base para você prever seus ganhos. A depender da sua avaliação de desempenho, a remuneração pode ser maior, chegando ao valor que está na coluna dos 100 pts.

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