Em concursos bancários, a Língua Portuguesa acaba sendo a pedra no sapato de muita gente. O motivo? Na hora de se preparar, subestimam a disciplina e focam somente na matemática ou nos conteúdos específicos.
Deixar o assunto de lado pode ser uma ideia desastrosa não somente no momento de responder questões objetivas, mas na hora da redação também.
Para você ter ideia, em alguns editais a redação é uma etapa eliminatória e não são poucos os candidatos que ficam para trás por não conseguir obter a pontuação mínima necessária. Pois é, você vai utilizar a Língua Portuguesa nessa etapa também.
Por aqui, queremos que você obtenha a melhor performance possível e passe com folga nos concursos que escolher prestar. Para isso, vamos te mostrar a maneira mais eficaz de estudar a Língua Portuguesa para o seu exame. Vem com a gente para entender:
- O que estudar de Língua Portuguesa para concurso público;
- Qual a ordem correta para estudar português para concurso;
- Quais bancas mais cobram Língua Portuguesa em concursos;
- Como montar um plano de estudos de Língua Portuguesa para concurso;
- Quais são os maiores erros ao estudar Língua Portuguesa para concurso.
A gente promete: você vai sair desse artigo sem dúvidas. Ao longo do material, ainda deixamos algumas videoaulas, além de ter reservado para o final uma dica de ferramenta que vai fazer toda a diferença nos seus estudos. Bora?
O que estudar de Língua Portuguesa para concurso público?
O ideal é equilibrar os estudos de gramática e interpretação de texto. Lembre que em provas de concurso o português é uma das matérias mais importantes — não apenas porque costuma ter peso alto nas questões objetivas, mas também porque influencia diretamente na interpretação dos enunciados e no desempenho na redação.
Para você se orientar melhor, listamos todos os tópicos e subtópicos que caem na prova objetiva, além de como os mesmos assuntos podem fazer a diferença na interpretação e na redação. Olha só:
| Tópico principal | Subtópicos mais cobrados | Como isso ajuda na interpretação de enunciados e na redação |
| Interpretação de texto | Ideia central, inferência, coesão e coerência, relações de sentido, tipologia textual | Melhora a compreensão dos enunciados, evita erros por má leitura e ajuda a estruturar argumentos com clareza na redação. |
| Morfologia | Classes de palavras (substantivo, verbo, adjetivo, advérbio, preposição etc.) | Ajuda a reconhecer funções nas frases e a interpretar nuances de sentido, o que é importantíssimo para entender textos e escrever corretamente. |
| Sintaxe | Termos da oração, tipos de sujeito, complementos verbais, concordância e regência | Permite identificar relações entre as palavras, o que facilita a interpretação de frases complexas e para escrever com precisão. |
| Pontuação | Uso correto de vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos e travessão | Garante clareza na escrita e evita duplas interpretações, tanto em questões de interpretação quanto na redação. |
| Ortografia e acentuação | Regras do Novo Acordo Ortográfico, acentuação diferencial | Evita erros formais que podem tirar pontos na redação e em provas discursivas. |
| Semântica | Sinonímia, antonímia, polissemia, figuras de linguagem | Enriquece a interpretação textual e melhora a escolha de palavras na redação. |
| Concordância verbal e nominal | Regras de flexão e concordância | Com isso, seus textos ficam gramaticalmente corretos e coerentes. |
| Regência verbal e nominal | Preposições exigidas por verbos e nomes | Evita erros sutis que costumam cair nas provas objetivas e prejudicam a clareza na escrita. |
| Crase | Casos obrigatórios, proibidos e facultativos | É um dos erros mais comuns — dominar o uso da crase garante pontos fáceis e melhora a qualidade da redação. |
Atenção: cometer esses erros na hora de escrever uma redação para concurso público desconta pontos da sua nota. Então, melhor não arriscar ter sua performance comprometida por não ter colocado as vírgulas no lugar certo, por exemplo.
Qual a ordem correta para estudar português para concurso?
A melhor forma de estudar português para concursos é seguir uma sequência lógica, que vá do básico ao avançado. Uma ideia de ordem para o seu cronograma é a seguinte:
- Interpretação de texto, já que representa boa parte das questões e serve de base para todo o resto;
- Análise morfológica (classes de palavras) e sintaxe (funções dentro da frase), pois são tópicos que caem com frequência e ajudam a compreender melhor o funcionamento da língua;
- Pontuação;
- Concordância verbal e nominal;
- Regência;
- Crase;
- Colocação pronominal.
Essa lista considera temas cobrados em praticamente todas as bancas e que exigem prática constante. Além deles, você pode reservar um tempo para ortografia, semântica, figuras de linguagem e redação oficial, que costumam aparecer em menor número de questões, mas ainda são importantes.
Dica: vá estudando a disciplina de forma gradual, revisando o conteúdo já visto antes de passar para o próximo. Além disso, intercale com outras matérias, para o assunto não ficar cansativo.
Quais bancas mais cobram Língua Portuguesa em concursos?
Praticamente todas as bancas de concursos públicos cobram Língua Portuguesa, mas a forma e o nível de dificuldade variam bastante. Dá uma olhada na tabela abaixo, que mostra como cada banca aborda a disciplina:
| Banca | Como cobra Língua Portuguesa | Informações úteis |
| Cesgranrio | Foca em interpretação de textos, coesão e coerência, além de gramática normativa (concordância, regência, crase, pontuação). | Cobrança equilibrada entre gramática e interpretação, com provas com textos de extensão média. |
| Cebraspe (antigo Cespe) | Enfatiza interpretação de textos e reescritura de frases. Utiliza bastante o modelo “certo ou errado”. | Questões de gramática são aplicadas no contexto do texto. Penaliza respostas erradas com anulação de acertos. |
| FCC | Combina interpretação de textos com gramática normativa. Inclui questões de vocabulário e reescrita. | Textos longos e enunciados detalhados. Foco em concordância, regência, pontuação e coesão. |
| FGV | Valoriza a norma culta e a aplicação prática do idioma. Cobra interpretação de textos curtos e frases. | Menos ênfase em textos longos. Questões com alternativas longas e contextualizadas. |
| IBFC | Foca em interpretação de textos, gramática normativa e vocabulário. Inclui questões de reescrita. | Cobrança direta e objetiva, com textos geralmente curtos. |
| VUNESP | Combina interpretação de textos com gramática normativa. Inclui questões de vocabulário e coesão. | Enunciados claros e diretos. Foco em concordância, regência e pontuação. |
Como montar um plano de estudos de Língua Portuguesa para concurso?
Como a Língua Portuguesa se divide em vários subtópicos, esse passo a passo vai te ajudar na hora de incluir a disciplina no seu cronograma de estudos:
- Faça um diagnóstico do seu domínio sobre a matéria;
- Organize todo o conteúdo em vários blocos;
- Intercale teoria e prática;
- Faça revisões periódicas do que já foi visto;
- Faça um simulado da prova de concurso.
Abaixo, você aprende o que fazer em cada etapa.
Faça um diagnóstico do seu domínio sobre a matéria
Fazer uma prova do edital anterior do concurso que você vai prestar é uma boa forma de identificar quais áreas você domina e quais precisam de mais atenção.
Sem esse diagnóstico, há o risco de você perder muito tempo estudando temas que já entende, enquanto deixa de lados aqueles que podem ser melhorados.
Dica extra: sempre leia o edital atual do concurso para saber exatamente o que vai ser cobrado na prova. Além disso, pesquise sobre o estilo da banca organizadora em questão para ter uma ideia ainda mais aproximada de como serão as provas futuras de Língua Portuguesa.
Organize todo o conteúdo em vários blocos
Depois que o seu diagnóstico estiver pronto, separe os temas em blocos de estudo — interpretação, classes de palavras, sintaxe, concordância, regência, crase e, muito importante, redação.
Nessa etapa, também é importante que você defina metas específicas para os seus estudos, que te ajudem a visualizar seu progresso com mais clareza e que previnam a exaustão.
Dá uma olhada em algumas sugestões de objetivos que funcionam bem na rotina:
- “Estudar crase e resolver 10 exercícios”;
- “Fazer 15 exercícios de concordância das 18h às 19h”;
- “Praticar a redação com temas do edital anterior na sexta-feira, das 17h às 20h”;
- “Aumentar minha média de acertos em 20% no simulado geral da Língua Portuguesa”.
Dessa maneira, você senta para estudar sabendo exatamente o que fazer, como fazer e durante qual período.
Intercale teoria e prática
Naturalmente, estudar a Língua Portuguesa vai exigir de você muitas leituras e videoaulas. Essa tarefa é bem importante para você entender regras e conceitos da matéria. Porém, ficar só na teoria não basta.
Toda vez que você aprender uma regra nova, aplique seu novo conhecimento em questões reais de concursos anteriores. Inclusive, essa prática ainda serve para você entender como as bancas cobram os temas, então seu aprendizado se torna duplamente eficiente.
Dica extra: anote quais são seus erros mais recorrentes e quais temas geram mais dificuldade para você ir personalizando o seu cronograma de estudos de acordo com seu desempenho.
Faça revisões periódicas do que já foi visto
Há uma curva do esquecimento para todas as informações que absorvemos ao longo do dia. Em termos mais simples, isso significa que todos nós temos a tendência de ir esquecendo aquilo que aprendemos se não nos esforçarmos ativamente para manter essas memórias frescas no cérebro.
Por isso, se você quer evitar chegar no dia do concurso e notar que esqueceu boa parte do que foi estudado, inclua revisões durante todo o seu cronograma — não só de Língua Portuguesa, mas de outras matérias também.
Abaixo, deixamos 6 dicas para você incluir revisões de forma estratégica na sua rotina:
- Revise o conteúdo em até 24 horas após o estudo inicial, com uma leitura rápida das anotações e 2 ou 3 questões;
- Faça uma segunda revisão em 3 dias, com foco nos pontos em que errou ou teve dúvida;
- Faça uma terceira revisão em 7 dias, refazendo exercícios e simulando pequenas questões;
- A cada 15 dias, reserve um dia só para revisar português, reunindo tópicos vistos nas últimas semanas;
- Antes dos simulados, revise brevemente todas as regras principais, como crase, concordância e pontuação;
- Ao final de cada mês, avalie quais temas mais errados precisam voltar para o ciclo principal de estudos.
Faça um simulado da prova de concurso
Em um simulado completo, é importante que você simule também as condições do concurso, para treinar não só o conteúdo, mas também a concentração e a gestão do tempo. Inclusive, esse momento ainda te ajuda a sentir na prática como é o estilo da banca organizadora em questão e como as questões abordam os tópicos que estudou.
Na hora de corrigir e avaliar sua performance, recomendamos que não fique só no gabarito. Para evitar que erros se repitam, vale a pena estudar com questões comentadas — no fim, além da resposta certa, você entende a lógica por trás do enunciado e o que torna cada alternativa certa ou errada.
Quais são os maiores erros ao estudar Língua Portuguesa para concurso?
Em um concurso, que comente estes erros abaixo na hora de estudar acaba tendo o desempenho prejudicado no exame:
- Ignorar a interpretação de texto;
- Decorar regras em vez de praticá-las;
- Não estudar com provas anteriores;
- Estudar gramática sem leitura;
- Tentar aprender tudo de uma vez só;
- Ignorar o estilo da banca organizadora;
- Não praticar a redação;
- Subestimar o português por achar “fácil”.
A seguir, te contamos em detalhes o que acontece quando você comete esses equívocos.
Ignorar a interpretação de texto
Embora as regras gramaticais sejam definitivamente importantes, muitas questões de concurso cobram interpretação da Língua Portuguesa. Tem banca, por exemplo, que disfarça perguntas de leitura como se fossem de gramática. Então, você acaba errando em algo relativamente simples, mesmo conhecendo as regras.
Já sabe que treinar questões de concursos anteriores ao que você está prestando é a melhor forma de aprender a interpretar o idioma na prática, né? Então, aqui vão algumas dicas extras de como afiar ainda mais essa habilidade:
- Leia todos os dias: textos variados, livros e notícias ajudam a ampliar o vocabulário e a identificar diferentes tipos de argumentação. Mas atenção — é pra ler com atenção;
- Resuma o que leu com suas próprias palavras: depois de ler um texto, tente explicá-lo em 2 ou 3 frases. Você pode fazer isso em uma conversa sobre o assunto, inclusive;
- Identifique a ideia central e o objetivo do autor: na dúvida, se pergunte o que a pessoa que escreveu o conteúdo quis dizer ou a razão pela qual escreveu. Esse hábito agiliza bastante o seu raciocínio na prova;
- Releia trechos confusos e sublinhe conectivos: palavras como “porém”, “portanto” e “embora” indicam relação entre ideias, então, entender isso ajuda a interpretar inferências e contradições nas frases;
- Consuma conteúdos narrativos (podcasts, vídeos explicativos): essa é uma maneira fácil de treinar a sua compreensão textual. Falar sobre os assuntos abordados nesses materiais ajuda muito também;
- Leia textos técnicos e bancários: concursos tendem a usar uma linguagem mais formal, então se habituar com esse estilo vai facilitar a resolução de questões na hora da prova.
Decorar regras em vez de praticá-las
Decorar regras sem entender como elas se comportam em situações reais vai te fazer perder pontos no concurso. Olha só um exemplo: você pode até saber que “não se usa crase antes de palavras masculinas” — o que é verdade na teoria —, mas cai na armadilha de frases como “Referiu-se a àquele candidato”.
Nesse caso, o “àquele” leva crase sim, porque o verbo “referir-se” exige preposição “a”, e “aquele” já começa com “a”. Ou seja, a teoria isolada não basta — o que conta é saber identificar a estrutura sintática que pede a regra.
Lembre-se: as bancas não querem que você repita a definição de alguma regra, e sim que identifique quando e por que ela se aplica. Por isso, a melhor forma de aprender é resolver questões contextualizadas, observar como as regras aparecem em textos reais e revisar os erros cometidos pelo caminho.
Não estudar com provas anteriores
Há quem estude apenas com apostilas genéricas e pense ter se preparado bem — até se deparar com uma questão típica de banca, cheia de armadilhas.
Por exemplo: enquanto um cursinho pode ensinar a identificar o sujeito de uma frase simples, a Cesgranrio (banca do Banco do Brasil) pode perguntar quem “executa a ação” em uma frase como “Divulgaram-se os resultados”, esperando que você perceba que o sujeito é “os resultados”, e não quem divulgou. Só quem praticou com provas reais entende essas sutilezas.
Resolver exames anteriores é o que afina o seu raciocínio e te ajuda a reconhecer o “jeito de perguntar” da banca — e isso pesa bastante no seu resultado final.
Estudar gramática sem leitura
Muitas regras só fazem sentido quando vistas em contexto.
Decorar regras de regência verbal, por exemplo, não garante o acerto se você não praticar com textos reais. Na frase “Ele assistiu os alunos com atenção”, apenas lendo e entendendo o contexto, você percebe que o verbo “assistir”, no sentido de “prestar atenção ou orientar”, exige a preposição “a”. Então a frase correta seria “Ele assistiu aos alunos com atenção”.
Ou seja, a leitura te mostra quando e como a regra se aplica na prática. Quem não lê, acaba errando questões que exigem mais do que memorização, e a leitura contextualizada é justamente o que faz a gramática “funcionar” no exame.
Tentar aprender tudo de uma vez só
Você até pode decidir estudar matemática financeira, português e atualidades no mesmo dia, sem foco, e achar que está avançando rápido. Na prática, o que vai acontecer é o seguinte: você vai confundir fórmulas, esquecer regras gramaticais e perder a compreensão de textos.
O que realmente funciona é dividir os estudos em blocos, dedicar atenção a um tema de cada vez e intercalar revisões.
Lembre-se: a língua portuguesa é extensa, e tentar estudar tudo de forma apressada vai te causar sobrecarga e confusão. É mais produtivo aprender por etapas, priorizando os temas mais cobrados e dominando cada um antes de avançar. Além disso, vale intercalar outras disciplinas no caminho, para não sentir exaustão com o português.
Ignorar o estilo da banca organizadora
Estudar só o conteúdo sem observar como a banca formula as questões é um erro que custa caro. Por exemplo, imagine uma questão assim:
“Assinale a alternativa em que o sujeito está corretamente identificado: ‘Divulgaram-se os resultados da pesquisa ontem à noite’.”
Quem só conhece a teoria pode achar que o sujeito é “eles” ou até “pesquisa”, mas o correto é “os resultados da pesquisa”, que está em voz passiva sintética.
Essa é uma espécie de pegadinha que pode acontecer: algumas bancas adoram inverter a estrutura da frase ou usar voz passiva para testar se você realmente entende o texto, e não só decorou regras.
Não praticar a redação
Achar que saber escrever é o suficiente para passar na redação de um concurso é uma ilusão que derruba candidatos todos os anos.
Até mesmo quem lê muito, escreve e-mails impecáveis ou domina a norma culta precisa ficar esperto: a redação de concurso tem regras, padrões e exigências específicas que só a prática revela. Ignorar isso é como chegar em uma prova de direção sem nunca ter passado no volante. Afinal, teoria não substitui experiência.
No Banco do Brasil, por exemplo, a redação é eliminatória. Muitos candidatos que passam com facilidade nas objetivas ficam pelo caminho aqui, porque não treinaram escrever dentro do formato exigido, não geraram argumentos claros ou não conseguiram organizar suas ideias no tempo dado.
A solução é simples: escrever, revisar, corrigir e escrever de novo. Para isso, use temas de concursos anteriores, simule o tempo real de prova, e, se possível, peça feedback de quem entende da banca.
Subestimar o português por achar “fácil”
Você fala português todos os dias e usa a escrita ao mandar mensagem para alguém nas redes sociais. Por causa disso, deduz que certamente “vai dar um jeito” no concurso e obter a pontuação necessária na disciplina. Acertamos?
Esse é um dos erros mais comuns dos concurseiros — e a onipresença do uso da Língua Portuguesa na sua rotina apenas prova como é importante aprendê-la, especialmente quando você precisa desse conhecimento para conquistar um cargo público.
Inclusive, esse é um erro bem grave. Afinal, justamente por parecer simples, o português elimina muita gente. As questões podem ter pegadinhas ou ser muito mais complexas do que você imagina, por exemplo. Logo, ser capaz de respondê-las definitivamente vai te colocar à frente da concorrência.
Estude Língua Portuguesa e muito mais com a gente
Por aqui, você encontra questões comentadas em vídeo, baseadas nas provas dos últimos 10 anos dos principais concursos bancários do país — sobre Língua Portuguesa e todos os outros assuntos que você precisa dominar para conquistar seu cargo. Topa conhecer?
Sabia que somos a única plataforma que te dá essa ajuda? Nos vemos lá!

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