Como montar um cronograma de estudos para concurso público?

Se inscreveu para um concurso? Então, seu tempo está correndo: é hora de começar a estudar. Se ainda não enviou sua inscrição, aproveite o momento para aprender a montar um cronograma de estudos que seja realista, personalizado e eficiente de verdade.

Nós prometemos: por aqui, compilamos apenas dicas práticas para você incluir na sua rotina e que vão realmente fazer a diferença na sua performance no dia da prova. Olha só as duas perguntas que respondemos aqui:

• Como montar um cronograma de estudos para concurso público?
• O que não pode faltar em um bom cronograma de estudos?

Bora? No final, ainda reservamos uma ferramenta de questões comentadas para te ajudar nessa missão.

Como montar um cronograma de estudos para concurso público?

Provas de concurso público são exames bastante específicos, por isso, seu cronograma de estudos deve ser especialmente montado para esse tipo de processo seletivo. Na prática, isso significa que o ideal é que você:

• Leia o edital do concurso;
• Pesquise o estilo da banca organizadora;
• Defina um cronograma realista de estudos;
• Organize as matérias em categorias;
• Estruture o cronograma de maneira intercalada;
• Use questões comentadas para estudar;
• Inclua métodos de estudo ativo;
• Faça simulados parciais e integrais.

Siga em frente para entender como aplicar tudo isso no seu dia a dia.

Leia o edital do concurso

Parece uma dica óbvia, mas acontece que é no edital que você vai encontrar o conteúdo programático exato do concurso, bem como o peso de cada matéria na prova. 

Com essas informações em mãos, você evita perder tempo estudando algum assunto que não vai ser cobrado, e ainda direciona melhor o seu tempo para colocar aquele esforço extra nos temas mais importantes.

Pesquise o estilo da banca organizadora

A abordagem sobre um assunto pode variar imensamente dependendo de qual é a banca organizadora responsável pela prova. A Cebraspe, por exemplo, é conhecida por trazer questões complexas e por ter uma metodologia diferente na hora da correção: aumenta a pontuação daqueles que mais acertam na escolha das alternativas e penaliza os que erram. A Cesgranrio, por outro lado, é mais objetiva na abordagem.

Considerando todos esses detalhes, faz toda a diferença você dominar o estilo da banca, em vez de unicamente estudar o conteúdo em si, sem levar em conta a forma como ele vai aparecer no exame.

Defina um cronograma realista de estudos

Se você consegue estudar duas horas por dia, não adianta prometer cinco horas de estudos diários. Esse equívoco serve apenas para trazer frustração e te desmotivar. 

O ideal é que analise a sua rotina e cheque quanto tempo você realmente consegue dedicar na preparação para um concurso público. Dá uma olhada nesse exemplo:

Está tudo bem se a quantidade de horas não for tão grande — o mais importante aqui é que você mantenha o foco e a consistência nos estudos. Ou seja, se conseguir praticar questões, por exemplo, durante duas horas todos os dias, se esforce para manter esse ritmo.

Organize as matérias em categorias

Em uma prova de concurso público, algumas matérias têm mais peso que as outras. Além disso, naturalmente certas questões e temáticas serão mais complexas ou mais simples para você. Fazer essas diferenciações é útil para você organizar com mais clareza o que precisa estudar, e quais assuntos merecem mais atenção.

Na dúvida, siga esse guia de orientação:

• Alta prioridade: matérias com maior peso na prova + aquelas em que você tem mais dificuldade;
• Média prioridade: matérias que aparecem com frequência, mas em peso menor;
• Baixa prioridade: conteúdos de peso baixo ou que você já domina bem.

Dica extra: para as questões mais complexas, experimente criar resumos e fazer anotações enquanto estiver estudando, para ter certeza de que está realmente entendendo o conteúdo. Lembre-se: apenas saber a resposta certa não é o suficiente para te garantir um cargo público.

Estruture o cronograma de maneira intercalada

Está pensando em estudar uma matéria inteira de uma vez para só então passar para a próxima? Esse método vai aumentar o seu cansaço e, consequentemente, diminuir suas chances de reter algum conhecimento.

Um bom cronograma de estudos para concurso público precisa ser o mais leve possível. Em termos mais práticos, intercalar a revisão de diferentes matérias é mais proveitoso. Olha um exemplo de organização:

• 1º dia: revisar gramática;
• 2º dia: praticar 20 questões sobre investimentos;
• 3º dia: estudar 15 questões de conhecimentos gerais;
• 4º dia: retomar a gramática para refrescar a memória;
• 5º dia: revisar pontos fracos identificados em investimentos.

Essa, é claro, é só uma ideia de distribuição do seu tempo. Na sua organização, faça os ajustes que julgar necessários para o seu caso.

Use questões comentadas para estudar

As questões comentadas são uma das ferramentas mais úteis na hora de estudar para um concurso público, já que te ajudam a:

• Entender o raciocínio por trás da resposta correta;
• Compreender porque outras alternativas/respostas estão erradas;
• Notar como o estilo da banca influencia na abordagem da questão;
• Aprender a identificar pegadinhas nos enunciados e não cair nelas.

Basicamente, você terá nas mãos comentários que são verdadeiras aulas e que não somente aceleram o seu domínio sobre um assunto, mas também lapidam o seu desempenho. 

No entanto, atenção: ao usar esse método, se certifique de que o material é oferecido por profissionais que realmente entendem do assunto, e que as questões comentadas sejam específicas de concursos públicos.

Inclua métodos de estudo ativo

“Estudar ativamente” significa adotar técnicas que mantenham o seu foco e que sirvam para você aprender de verdade o conteúdo, em vez de apenas decorar.

Algumas ideias são:

• Faça pausas de 5 minutos a cada 25 minutos de estudo;
• Tente explicar o conteúdo recém estudado, como se estivesse ensinando para outra pessoa;
• Faça anotações enquanto estuda e adicione palavras-chave a elas para facilitar a busca por esses conteúdos quando você precisar;
• Troque grandes tarefas por micro-tarefas, ou seja, em vez de se programar para “estudar o mercado financeiro”, prefira algo mais mensurável e realista, como “praticar 20 questões sobre investimentos”;
• Investigue a causa dos seus erros, para evitar que você os cometa outra vez e tenha o seu desempenho prejudicado no dia do concurso.

Faça simulados parciais e integrais

Os simulados parciais são úteis para mapear seus pontos fracos e trabalhar neles. Assim, você domina os temas necessários em etapas e ainda ganha tempo para fazer revisões específicas de conteúdo de tempos em tempos.

O simulado integral, é claro, existe para você ter uma experiência mais similar à prova real, para otimizar a sua gestão de tempo respondendo as perguntas e qual estratégia vai utilizar no dia do exame (fazer as fáceis primeiro, começar pela redação etc.). 

Idealmente, é importante que os resultados do seu simulado integral seja maior do que 70%. Embora essa porcentagem seja o mínimo exigido para a aprovação em muitos editais, é melhor que você vá para um concurso público com a preparação mais impecável que conseguir, para ter um respiro maior no exame.

O que não pode faltar em um bom cronograma de estudos?

O melhor cronograma de estudos para um concurso público deve ser personalizado e realista. Aqui vai um checklist de tudo aquilo que não pode faltar:

• Horários fixos de estudo: defina em quais períodos do dia você vai estudar, desde que os planos sejam realistas e caibam na sua rotina;
• Divisão por matérias: se distribuir as disciplinas ao longo da semana de maneira intercalada, você consegue evitar o estresse e a sobrecarga;
• Intervalos de descanso: pequenas pausas ajudam na concentração. Além disso, prefira não estudar um dia antes do concurso, para dar uma chance do seu cérebro relaxar;
• Revisões periódicas: reserve momentos para revisar conteúdos já estudados;
• Resolução de questões: sempre inclua tempo para praticar provas anteriores, de preferência com questões comentadas;
• Flexibilidade: tenha alguma margem para imprevistos sem se frustrar.

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