Termos complexos, uso de símbolos, frases que parecem ser verdadeiras e falsas ao mesmo tempo… O raciocínio lógico é uma das categorias de questões mais temidas pelos concurseiros e nós conseguimos entender as razões.

Inclusive, estamos aqui para te dar uma boa notícia: com bastante prática e leitura atenta, você vai se acostumando com as armadilhas e as estruturas dos enunciados. Consequentemente, aprende a raciocinar mais rápido e aumenta as suas chances de ir bem nessa matéria.

Neste artigo, compilamos várias informações úteis que vão te ajudar a conquistar seu cargo e não ter seu desempenho prejudicado por conta do raciocínio lógico. Olha só o que vai aprender por aqui:

  • Quais são os 5 macetes para resolver questões de raciocínio lógico;
  • O que mais cai em raciocínio lógico para concursos;
  • Quais são as 4 formas de raciocínio lógico;
  • Como resolver questões de raciocínio lógico para concursos.

E mais: trouxemos vários exemplos para você ver como a teoria é aplicada na prática. No final, deixamos uma dica de ferramenta imbatível para você seguir estudando com um método didático e que realmente funciona. 

Bora?

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Quais são os 5 macetes para resolver questões de raciocínio lógico?

Para não errar mais nas questões desse tipo, o ideal é usar macetes que vão facilitar o seu raciocínio lógico. Veja os 5 principais:

  1. Leia o enunciado com atenção e absorva os termos usados nele;
  2. Conheça estruturas de símbolos para agilizar o raciocínio;
  3. Transforme o texto em estrutura visual;
  4. Desconfie de possíveis armadilhas;
  5. Seu raciocínio só vai melhorar com prática

Calma: vamos explicar cada um deles a seguir.

1 – Leia o enunciado com atenção e absorva os termos usados nele

O primeiro erro de muitos candidatos é tentar “adivinhar” o que o problema quer antes de entender o que está sendo perguntado. Em raciocínio lógico, cada palavra importa: “se”, “somente se”, “logo”, “portanto”, “ou”, “e” — todos esses termos têm peso lógico e mudam completamente o sentido da questão.

A leitura atenta é algo que você deve fazer de forma ativa: sublinhe as informações principais, circule condições e hipóteses, e destaque o que está sendo pedido. Ler rápido demais vai causar erros de interpretação que comprometem toda a resolução. Treine a leitura analítica, não a corrida.

Olha só esse exemplo:

“Se Ana estuda e Pedro trabalha, então João viaja.”

“Ana estuda ou Pedro trabalha, então João viaja.”

Na primeira frase, a condição exige duas coisas ao mesmo tempo — Ana estudar e Pedro trabalhar — para que João viaje. Já na segunda, basta uma das duas: se Ana estuda ou Pedro trabalha, João já viaja.

Percebe a diferença? Um simples “e” ou “ou” altera completamente a relação lógica. 

Quando o enunciado for longo (como em questões de lógica proposicional ou de sequência numérica), tente reescrever as informações de forma mais simples. Traduzir um texto confuso em linguagem matemática ou simbólica é uma das melhores formas de “limpar” o problema e enxergar o raciocínio correto — inclusive, essa é nossa próxima dica.

2 – Conheça estruturas de símbolos para agilizar o raciocínio

A linguagem lógica é uma espécie de “atalho mental” para quem entende seu funcionamento. Na prática, significa transformar textos em símbolos para simplificar o enunciado de uma questão. 

Se não sabe como fazer isso, use essa tabela como referência:

SímboloSignificadoSignificado na práticaExemplo em frase comum
¬NegaçãoIndica o oposto de uma proposição (nega uma ideia).Se P = “Maria estuda”, então ¬P = “Maria não estuda”.
Conjunção (E)Afirma que duas condições ocorrem juntas. Só é verdadeira se as duas forem verdadeiras.“Maria estuda e João trabalha.”
Disjunção (OU)Expressa uma alternativa entre duas proposições. É verdadeira se pelo menos uma for verdadeira.“Maria estuda ou João trabalha.”
Condicional (Se… então)Relaciona causa e consequência. Se a primeira parte é verdadeira, a segunda deve ser também.“Se Maria estuda, então passa na prova.”
Bicondicional (Se e somente se)Mostra que duas proposições dependem uma da outra — as duas são verdadeiras ou as duas são falsas.“Maria estuda se e somente se João também estuda.”
Logo / PortantoIndica uma conclusão lógica.“Maria estuda, então passa. Logo, ela será nomeada.”
Quantificador universal (Para todo)Mostra que algo é válido para todos os elementos de um conjunto.Todo candidato que estuda passa.”
Quantificador existencial (Existe)Indica que há pelo menos um caso verdadeiro.Existe um candidato que passou sem estudar.”

Essa tradução facilita visualizar relações e inferências. Além disso, permite aplicar leis lógicas como a contrapositiva e a negação correta de proposições, que são campeãs de cobrança em concursos. 

Vamos a um exemplo para você entender melhor? Imagine o seguinte enunciado:

“Se Maria estuda para o concurso, então ela passa na prova. Se ela passa na prova, ela é nomeada. Logo, se Maria não foi nomeada, então ela não estudou para o concurso.”

De início, parece uma frase longa e confusa, mas podemos simplificar transformando em símbolos:

  • E: Maria estuda para o concurso;
  • P: Maria passa na prova;
  • N: Maria é nomeada.

Assim, o texto vira:

  • E→P (se estuda, então passa);
  • P→N (se passa, então é nomeada);
  • Conclusão: ¬N→¬E (se não foi nomeada, então não estudou).

Assim, fica mais fácil perceber que a conclusão está correta, pois ela é a contrapositiva da relação entre E e N.

3 – Transforme o texto em estrutura visual

Em questões com várias condições, hipóteses e possibilidades (como problemas de lógica com diagramas ou arranjos de pessoas), montar uma tabela organizada é uma excelente ideia. Aqui, o erro comum é tentar resolver tudo de cabeça — o que é impossível em provas longas e sob pressão.

Esquematizar dados ajuda a visualizar restrições e eliminar hipóteses incorretas. Por exemplo, em um problema de distribuição (“A, B e C ocupam cargos diferentes”), criar uma tabela cruzando pessoas e cargos permite enxergar rapidamente as combinações válidas.

Assim:

PessoaCargo 1Cargo 2Cargo 3
AXX
BXX
CXX

Nesse caso, você pode usar marcações (como ✓ e X) para eliminar combinações impossíveis conforme lê as condições do enunciado. Dessa maneira, evita confusão mental e torna mais fácil perceber padrões e restrições.

4 – Desconfie de possíveis armadilhas

Aqui vai um fato: questões de raciocínio lógico adoram pegar o candidato desatento. Palavras como “somente se”, “pelo menos”, “no máximo”, “exatamente” e “nenhum” são usadas de propósito para te induzir ao erro.

Por isso, antes de marcar uma alternativa, volte ao texto e confira se a resposta realmente atende a todas as condições. Ler “com o olhar de quem duvida” é o que separa o aluno mediano do aluno que acerta.

Veja um exemplo:

“Se João estuda, então Maria trabalha.”
“João só estuda se Maria trabalhar.”

Essas duas frases parecem dizer a mesma coisa, mas não dizem. Na primeira (“Se João estuda, então Maria trabalha”), João estudar é a condição que gera o trabalho de Maria. Já na segunda (“João só estuda se Maria trabalhar”), ocorre o inverso: Maria trabalhar é o que permite que João estude.

Essa inversão sutil muda completamente o raciocínio da questão. Em provas, esse tipo de detalhe é uma das armadilhas mais frequentes.

Não se esqueça: nem sempre as alternativas estão completas. Às vezes, o examinador formula respostas que parecem certas apenas em parte. Se um item estiver correto em 90% e falhar em 10%, ele está errado. Raciocínio lógico é binário — ou é verdadeiro, ou é falso.

5 – Seu raciocínio só vai melhorar com prática

Não existe aprendizado em raciocínio lógico sem prática. Assim como acontece com as matérias teóricas, aqui o entendimento vem da repetição e da análise de padrões.

Nossa recomendação é que reserve um tempo diário para resolver ao menos 5 questões, sempre revisando os erros e entendendo por que errou — e não apenas a resposta certa. Para isso, questões comentadas são a melhor ferramenta;

Com o tempo, o cérebro começa a reconhecer tipos de problemas: condicional, disjunção, negação, sequência, proporção etc. Assim, tem menos chances de desperdiçar tempo porque se perdeu na leitura do enunciado.

O que mais cai em raciocínio lógico para concursos?

Aqui estão alguns dos tópicos que mais aparecem nas questões de raciocínio lógico em concursos:

  • Lógica proporcional;
  • Sequências numéricas e padrões;
  • Problemas com diagramas e conjuntos;
  • Raciocínio lógico-analítico.

Vem conosco entender cada um deles.

Lógica proposicional (condicional, negação, equivalência, etc.)

É o tema mais cobrado em praticamente todas as bancas. Nesse tipo de questão, o foco está em interpretar frases e relacioná-las por meio de conectivos (“e”, “ou”, “se… então…”). Por isso, é necessário

 aprender a identificar o valor lógico de cada proposição e suas formas equivalentes.
Um bom treino é montar tabelas-verdade e resolver questões que pedem deduzir conclusões a partir das informações dadas.

Exemplo

Considere as proposições:

  • P: “João estuda”;
  • Q: “Maria trabalha”.

Agora, vamos analisar essa proposição composta: “Se João estuda, então Maria trabalha”. Na tabela-verdade, fica assim:

P (João estuda)Q (Maria trabalha)Se P então Q
VVV
VFF
FVV
FFV

Aqui, o raciocínio lógico é o seguinte: a proposição “Se João estuda, então Maria trabalha” só é falsa quando João estuda (P = V) e Maria não trabalha (Q = F). Em todas as outras situações, ela é verdadeira.

Sequências numéricas e padrões

Muito presente em provas bancárias, esse tipo exige perceber a lógica por trás de uma sequência (aritmética, geométrica, alternada ou baseada em posições). O segredo é listar os termos, calcular diferenças e procurar repetições.

Exemplo

Observe essa sequência: “5, 8, 14, 23, 35, …”. Você consegue adivinhar qual o próximo número? 

Para descobrir o padrão, você deve listar as diferenças entre termos consecutivos. Assim:

  • 8 – 5 = 3;
  • 14 – 8 = 6;
  • 23 – 14 = 9;
  • 35 – 23 = 12.

As diferenças formam um padrão, já que os números aumentam de 3 em 3. Logo, a próxima diferença será 15. Portanto o próximo termo é 35 + 15 = 50.

Problemas com diagramas e conjuntos 

Em questões desse tipo, você precisa visualizar interseções entre grupos (A, B, C) — Diagramas de Venn caem muito bem aqui. Além disso, pratique como traduzi-los em equações e raciocinar sobre termos como “todos”, “alguns” e “nenhum”.

Exemplo

Em uma empresa com 100 funcionários, 60 falam inglês, 40 falam espanhol e 20 falam ambos os idiomas.

Para saber quantos falam apenas um idioma, basta representar a situação em um diagrama de Venn com dois círculos (um para inglês e outro para espanhol). Além disso, é preciso ter uma intersecção entre eles (um ponto no qual os dois se fundem) para representar os que falam ambos os idiomas.

Observando o diagrama, você deve concluir que:

  • O conjunto de quem fala inglês tem 60 pessoas, mas 20 também falam espanhol, então 40 falam apenas inglês;
  • O conjunto de quem fala espanhol tem 40 pessoas, e 20 estão na interseção, logo 20 falam apenas espanhol.

Assim, 40 + 20 + 20 = 80 pessoas falam pelo menos um idioma, e as 20 restantes (100 − 80) não falam nenhum.

Montando o diagrama, você consegue enxergar melhor as sobreposições e evita fazer uma contagem errada. 

Raciocínio lógico-analítico

São problemas com informações encadeadas, como “três pessoas moram em casas de cores diferentes e têm animais distintos”. A chave é organizar as possibilidades em uma tabela e ir eliminando hipóteses contraditórias.

Exemplo

Vamos para um exercício prático, destacando todas as informações que vão ser úteis para a sua análise. Olha só: três amigos — Ana, Bruno e Carla — moram em casas azul, verde e vermelha, e cada um tem um animal diferente: gato, cachorro ou peixe.

Logo, as pistas que temos são:

  1. Ana não mora na casa azul;
  2. Quem mora na casa verde tem um cachorro;
  3. Bruno tem um peixe.

Para resolver, vamos montar uma tabela com as possibilidades e eliminar as hipóteses incorretas:

PessoaCor da casaAnimalObservações
AnaVerde ou vermelhaCachorro ou gatoNão mora na casa azul
BrunoAzul ou vermelhaPeixeTem peixe, então não está na casa verde (pois casa verde → cachorro)
CarlaAzul, verde ou vermelhaGato, cachorro ou peixeSerá deduzida pelas eliminações

Agora, a partir da pista (2), sabemos que a casa verde é de quem tem cachorro. Se Ana morasse na casa verde, ela teria o cachorro. Assim:

  • Ana → casa verde → cachorro;
  • Bruno → peixe → casa vermelha (porque a verde já é da Ana e ele não pode estar nela);
  • Carla → casa azul → gato (única combinação restante).

Agora, é hora de confirmar o raciocínio:

PessoaCor da casaAnimalSituação
AnaVerdeCachorroCoerente com a pista 2
BrunoVermelhaPeixeCoerente com a pista 3
CarlaAzulGatoÚnica opção restante

Podemos então concluir que:

  • Ana mora na casa verde e tem um cachorro;
  • Bruno mora na casa vermelha e tem um peixe;
  • Carla mora na casa azul e tem um gato.

Não tem muito mistério: o segredo para não se confundir nessas questões está em organizar as informações em uma tabela, eliminar hipóteses e, por fim, ver se os dados são coerentes com as pistas que o enunciado trouxe.

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Quais são as 4 formas de raciocínio lógico?

Raciocínio dedutivo, indutivo, abdutivo e analógico são as quatro formas de aplicar a lógica em uma questão. Cada um deles é mais adequado que o outro a depender de qual é o problema a ser resolvido.

Abaixo, veja o que são, como colocá-los em prática quando for preciso e alguns exemplos úteis.

Raciocínio dedutivo

É aquele que parte de uma premissa geral ou de princípios amplos para chegar a uma conclusão específica e logicamente necessária. Em outras palavras, se as premissas forem verdadeiras e o raciocínio estiver corretamente estruturado, a conclusão também será verdadeira.

Veja um exemplo bem simples:

  • Regra geral: todos os bancários são concursados;
  • Caso específico: João é bancário;
  • Conclusão: João é concursado.

 Esse tipo de pensamento é a base da lógica formal e, em concursos, você o verá com frequência em questões com “se” ou “então”. Para utilizar esse raciocínio, o segredo está em seguir as premissas sem acrescentar suposições. Lembre-se: a dedução é algo objetivo, lógico e inevitável.

Raciocínio indutivo

O raciocínio indutivo segue o caminho inverso do dedutivo: ele parte de casos específicos, observações ou exemplos concretos para formular uma regra geral ou uma conclusão provável

É o tipo de raciocínio usado para identificar padrões, tendências ou repetições — por exemplo, ao perceber uma sequência numérica ou prever um comportamento com base em experiências anteriores.

Veja a teoria aplicada na prática:

  • 2, 4, 6, 8…
  • Conclusão: o próximo número é 10.

Nesse caso, você observa fatos e infere uma regra geral. O risco aqui é o “salto de lógica” — criar uma regra que parece correta, mas não é a única possível.

Raciocínio abdutivo 

Esse raciocínio é o tipo de pensamento usado para formular hipóteses a partir de informações incompletas

Em termos mais práticos, você usa ele para tentar encontrar a melhor explicação possível para um fato ou conjunto de evidências, mesmo que essa explicação ainda precise ser confirmada. É o raciocínio do “provavelmente”: diante de uma situação, analisamos o que pode ter acontecido com base na coerência e na probabilidade.

Veja um exemplo:

  • O chão está molhado;
  • Logo, provavelmente choveu.

Esse tipo de raciocínio aparece com frequência em questões que exigem interpretação de cenários e identificação de causas prováveis, especialmente quando a banca apresenta dados parciais ou aparentemente desconexos. É também um raciocínio muito usado em investigações e diagnósticos — tanto na vida real quanto em provas —, porque te estimula a ligar os pontos e construir hipóteses consistentes, sem depender de informações completas para raciocinar logicamente.

Raciocínio analógico

O raciocínio analógico é aquele que se apoia em comparações entre situações parecidas para tirar conclusões. 

A lógica é simples: se dois casos compartilham certas características, é provável que também compartilhem outros aspectos. Em vez de partir de regras fixas (como no raciocínio dedutivo) ou de observações repetidas (como no indutivo), você usa relações de semelhança para construir inferências.

Olha só:

  • O sistema bancário X usa segurança biométrica e é eficiente;
  • O sistema bancário Y também usa segurança biométrica;
  • Logo, é provável que Y também seja eficiente.

Nas provas, você verá esse tipo de raciocínio em questões de analogia verbal, numérica ou situacional, ou seja, as que exigem que você identifique o padrão comum entre os elementos. 

Como resolver questões de raciocínio lógico para concursos?

Se você tem dificuldades na hora de resolver questões de raciocínio lógico, esse passo a passo técnico pode te ajudar:

  1. Entenda qual é o tipo da questão;
  2. Organize as informações do enunciado;
  3. Aplique o raciocínio adequado ao contexto;
  4. Revise e valide a sua conclusão;
  5. Treine sob as mesmas condições da prova.

Bora entender como colocar essas dicas em prática.

Entenda qual é o tipo da questão

Antes de resolver, descubra que tipo de raciocínio está sendo cobrado, já que cada um pede um método diferente de resolução.

Dá uma olhada nesse guia rápido:

Tipo de questãoO que envolveDica 
ProposiçõesEnunciados com conectivos (e, ou, se… então)Use tabela-verdade e identifique a estrutura lógica.
SequênciasNúmeros, letras ou figuras com padrõesObserve repetições e variações regulares.
ConjuntosRelações entre grupos (A, B, C)Use Diagramas de Venn e pense em interseções.
ArgumentaçãoPremissas e conclusõesVerifique se a conclusão realmente decorre das premissas.

Acredite: aplicar de cara a técnica certa economiza tempo e evita que você erre uma questão por tentar usar um raciocínio incompatível (tratar sequência como dedução lógica, por exemplo).

Organize as informações do enunciado

Copie as condições isoladamente e numeradas. Se as frases soarem ambíguas, reescreva elas em formatos curtos e uniformes, usando símbolos — como A→B, A∧B, A≠B e por aí vai. 

Outra dica é que abreviações usando as iniciais das palavras salvam tempo: Ana → A, Casa azul → CA.

Para organizar todas essas informações, busque usar a estrutura correta. Refresque a sua memória:

  • Grade/tabela (problemas de atribuição): linhas = pessoas; colunas = atributos; marque X para impossibilidades e ✓ para confirmações;
  • Linha de tempo/cronograma: eixo horizontal com horários/posições; preencha as fixas e marque exclusões;
  • Venn (conjuntos): desenhe círculos e preencha regiões em ordem — interseção total → únicas → fora.
  • Tabela-verdade (proposições): colunas para cada proposição e para a sentença composta;

Organizar é metade da solução. Se você esquecer uma condição, tudo pode ir por água abaixo. Por isso, prefira escrever primeiro e pensar depois.

Aplique o raciocínio adequado ao contexto

Comece pelas condições fixas (por exemplo, A = X ou Otávio → Norte). Afinal, cada informação fixa geralmente elimina outras opções automaticamente — então, também registre imediatamente as consequências de cada fixação. 

Em questões condicionais (“se”, “então” etc.), use a contrapositiva (A→B⇒¬B→¬A) e saiba aplicar corretamente a negação de proposições (¬(A∧B)=¬A∨¬B).

Para problemas com múltiplas possibilidades, aplique eliminação por contradição assim: 

  1. Assuma uma hipótese e veja se gera conflito; 
  2. Se gerar, descarte essa opção. 

Em sequências, calcule primeiro as diferenças entre termos. Se não resolver, tente as segundas diferenças, razão (quando parecer geométrica) ou posições modulares (quando houver repetição periódica). Para contagem de possibilidades, pense no complemento (total − incorretos).

Em provas objetivas, testar rapidamente cada alternativa costuma ser eficiente: aplique cada opção às condições do problema e elimine a que violar qualquer restrição. Uma dica prática é começar pelas alternativas “extremas” (valores muito altos ou muito baixos), pois elas normalmente falham primeiro.

Revise e valide a sua conclusão

Encontrou a alternativa correta? Antes de marcá-la, você pode fazer uma checagem rápida para garantir o acerto:

  1. Cheque se todas as condições do enunciado estão satisfeitas;
  2. Alguma hipótese foi assumida sem justificativa? Se sim, reveja;
  3. Verifique se resultado viola totais ou limites (se a soma é maior que o total, por exemplo);
  4. No caso de proposições, verifique contrapositiva/negação, ou seja, se a inferência é válida;
  5. Para sequência numérica, calcule mais um termo para testar consistência.

Se qualquer item falhar, reabra a grade ou refaça o raciocínio. Essa validação evita marcar 90% certo e perder por um detalhe.

Treine sob as mesmas condições da prova

Fazer um simulado replicando as mesmas condições da prova real vão te ajudar a lapidar seu raciocínio lógico e a gerir melhor seu tempo. Além disso, recomendamos que anote todos os erros que acabar cometendo, para depois entender qual foi o equívoco e evitá-lo no futuro.

Na dúvida, estude a partir de questões comentadas. Com uma boa explicação sobre o problema, fica mais fácil entender qual foi a lógica usada para resolver determinado problema. É uma forma de unir teoria e prática para que as questões de raciocínio lógico não sejam mais um problema no seu concurso.

Já podemos sentir a sua aprovação chegando

Além de te ensinar a resolver questões de raciocínio lógico, temos ainda uma ferramenta para te ajudar a se preparar de uma vez e mandar muito bem no exame: questões comentadas em vídeo, baseadas nas provas dos últimos 10 anos dos principais concursos bancários do país. Topa conhecer?

Sabia que somos a única plataforma que te dá essa ajuda? Nos vemos lá!

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