Quando você planeja o seu futuro profissional, vê um concurso no horizonte? Muita gente sim, pelas mais variadas razões: estabilidade, benefícios generosos e excelentes remunerações. Não se pode esquecer também da possibilidade de conquistar promoções e subir na carreira — a atual Presidente do Banco do Brasil, por exemplo, começou sua trajetória no banco por meio de um concurso!
E por falar nisso, uma das dicas mais preciosas que posso dar a você em relação a sua futura aprovação nessa mesma instituição é a seguinte: conhecer previamente a banca do concurso do Banco do Brasil pode te ajudar a alcançar um excelente desempenho nas provas.
As razões, eu explico neste artigo! Por aqui, ainda te mostro:
- O que é o concurso do BB;
- Como conhecer a banca pode ser benéfico para o seu desempenho;
- Quais são as principais bancas organizadoras do país;
- Qual é o processo de seleção da banca.
Siga comigo!
O que é o concurso do Banco do Brasil?
O concurso do Banco do Brasil é um processo seletivo público realizado de forma periódica pelo banco a fim de preencher uma série de vagas específicas dentro da instituição — geralmente em setores como o financeiro e o tecnológico.
As provas normalmente apresentam etapas como questões objetivas, redação e conhecimentos gerais e específicos. Além disso, pode haver outros processos admissionais, como entrevistas e perícia médica.
Vale mencionar aqui, inclusive, que o BB é uma das instituições financeiras de maior renome no país — fato que torna suas vagas bastante cobiçadas.
Qual é a importância de saber qual é a banca do concurso?
Diferentes bancas organizadoras de concursos (empresas privadas responsáveis pela maioria das etapas do processo seletivo) trabalham a partir de critérios próprios. Na prática, isso significa que diferentes bancas podem estabelecer maneiras distintas de filtrar candidatos e de organizar o conteúdo das provas, por exemplo.
Para quem está planejando se inscrever em um concurso, as informações sobre a empresa examinadora em questão são, portanto, fundamentais nessa etapa de pesquisa. Vamos entender o porquê:
Vantagens de conhecer o estilo e a forma de elaboração das questões da banca
Dependendo da banca, a dinâmica do concurso pode ser bastante distinta de outras edições. Algumas das características que mais podem sofrer alterações são:
- Critérios de avaliação;
- Tamanho dos enunciados;
- Dinâmicas de resposta (certo e errado, múltipla escolha etc.);
- Grau de dificuldade da prova;
- Conteúdo programático;
- Tempo de duração do exame;
- Distribuição do peso das questões.
Considerando todos os itens dessa lista, é compreensível que alguns concursos sejam mais fáceis do que outros, e que algumas bancas sejam menos rígidas do que as demais no exame em geral. Uma vez que as dinâmicas podem ser tão distintas, é altamente recomendável que o candidato compreenda seus métodos antes de começar a estudar.
Ao cumprir essa tarefa de “mapeamento”, digamos assim, os estudos serão mais facilmente direcionados de forma eficiente. Por consequência, ainda, o candidato consegue vislumbrar melhor quais tópicos merecem maior dedicação.
Outra boa razão para analisar o estilo da banca é que um bom desempenho não depende somente dos conhecimentos do inscrito (o que também é, obviamente, fundamental), mas também da sua capacidade de se adaptar à dinâmica do exame — quanto tempo a prova vai durar e como manter o foco nesse período, qual o tamanho dos enunciados e que estratégia pode ser melhor para compreendê-los, qual a estrutura das questões e que exercícios selecionar para praticar etc.
Diferenças entre as bancas organizadoras e suas características
Para que você compreenda melhor as diferentes dinâmicas de cada banca organizadora de concursos, alguns exemplos lhe podem ser úteis. Para começar, posso citar a Cespe/Cebraspe — uma das mais temidas pelos candidatos. Suas provas seguem a dinâmica de “certo x errado” para as respostas, em vez do tradicional método de múltipla escolha.
Algum inscrito que desconheça essa característica, então, pode passar por maus momentos ao realizar a prova, caso não esteja acostumado com esse tipo de raciocínio de resolução.
A FGV, por outro lado, é outra gigante nesse meio e bastante famosa pelas suas questões longas e que exigem grande concentração para interpretá-las. Desse modo, para se preparar para suas provas, um candidato deve considerar exercícios similares à sua dinâmica, em vez de dar preferência a enunciados mais objetivos.
Por fim, trago o exemplo da extinta Esaf, que costumava ser a banca examinadora dos concursos da Receita Federal. Antes de 2018, quando teve suas atividades encerradas, também destacava-se pelo seu grau de dificuldade, uma vez que exigia dos seus candidatos a análise de longos estudos de caso e até conhecimentos bastante específicos sobre legislação.
Em resumo, como você pode observar, a banca pode alterar drasticamente a forma como os exames de um concurso serão organizados. Portanto, não deixe essa informação passar despercebida na hora de se inscrever em um edital!
Quais são as bancas organizadoras de concursos?
Eis aqui uma lista das principais bancas organizadoras de concursos no Brasil:
- Cespe/Cebraspe: apesar de se chamar oficialmente Cebraspe, alguns concurseiros seguem utilizando seu nome antigo — Cespe. Como você já sabe, sua dinâmica é marcada pela utilização de questões de “certo x errado”, o que elimina a chance do candidato utilizar a estratégia de comparar possíveis respostas em busca da correta. Os enunciados também costumam ser complexos;
- Fundação Carlos Chagas (FCC): apesar de já ter sido considerada fácil, a FCC mudou a estrutura de seus exames e, apesar de manter o esquema de múltipla escolha, hoje faz uso de enunciados longos e respostas diretas — principalmente se comparada à Cebraspe. É importante que os concurseiros atentem às questões que exigem a marcação de uma resposta “incorreta” — por não notarem esse detalhe, há muita gente que perde a pontuação;
- Fundação Getúlio Vargas (FGV): conhecida principalmente por organizar concursos voltados para área do Direito, as questões da FGV são geralmente complexas, exigindo bastante interpretação dos candidatos. Uma característica que aumenta o seu grau de dificuldade é a sua imprevisibilidade, uma vez que o padrão de sua estrutura muda com frequência. Considerando que a FGV já cobrou até notas de rodapé em suas provas, é recomendado que o concurseiro preste bastante atenção na bibliografia recomendada pela banca;
- Cesgranrio: o conteúdo do edital dessa banca é bem distribuído, o que significa que tudo o que estiver listado como conteúdo programático cairá na prova — facilitando os estudos para o candidato, que saberá exatamente quais assuntos deve considerar. No que diz respeito à interpretação de texto, é comumente comparada com a Cebraspe, já que tende a desenvolver enunciados longos, complexos e com bastante uso de gráficos;
- Consulplan: suas provas geralmente são de múltipla escolha e seus enunciados costumam ser mais curtos e diretos que as demais. É frequente, também, que suas questões tragam consigo assuntos de natureza social, trechos retirados de jornais ou revistas e até poemas. Na opinião dos candidatos, não são provas cansativas. Embora não seja comum, alguns exames já tiveram perguntas do modelo “certo x errado”.
- Quadrix: assim como a Cebraspe, a Quadrix também trabalha com questões mais longas, interpretativas e que seguem o modelo de resposta “certo x errado”. A boa notícia para os seus concurseiros é que, ao contrário da outra banca, esta não é considerada tão complexa. A pontuação para quem tem o hábito de chutar respostas também não é tão rígida — cada item errado totaliza apenas meio ponto. Nessa lógica, uma questão só seria anulada se o candidato tivesse errado dois outros itens;
- Vunesp: sempre foi considerada como uma banca mais simples, porém, tem aumentado o grau de dificuldade de suas questões nos últimos anos. Gramática e legislação são alguns dos assuntos mais importantes para a Vunesp, assim que se recomenda que seus candidatos não deixem esses tópicos para trás ao estudar.
Dica de ouro: embora essas descrições todas correspondam aos perfis dessas bancas e aos estilos de provas adotados por elas, pode ser que suas dinâmicas sofram alterações com o passar do tempo. Vamos tomar a Quadrix como exemplo: em seu histórico, já elencou questões de múltipla escolha e hoje segue o modo “certo x errado”.
Por isso, antes de realizar a sua inscrição — e, principalmente, antes de começar a estudar — verifique não somente qual é a banca organizadora do concurso, mas também quais são os pormenores de seu perfil atual.
Banco do Brasil e sua relação com as bancas organizadoras
O Banco do Brasil é, naturalmente, uma instituição de grande porte. Por isso, é de se imaginar que a sua relação com as bancas organizadoras seja estreita. Uma vez que o BB realiza concursos periodicamente, estabelece um processo de seleção bastante criterioso para definir qual empresa será responsável pelos seus editais.
Normalmente, o processo de escolha da organizadora adotado pelo Banco é o de licitação — empresas interessadas em fornecer produtos ou serviços a instituições públicas apresentam suas propostas para que a melhor seja escolhida. Esse modelo, aliás, visa trazer transparência, igualdade e eficiência nas contratações. Para saber mais sobre a seleção da banca, porém, siga comigo que eu já retomarei esse assunto em detalhes!
Como já dito, as vagas do Banco do Brasil voltadas para concursados costumam ser para cargos de natureza financeira e tecnológica — fatores que contam bastante na escolha. Para saber mais sobre o assunto, siga comigo!
Qual é a banca responsável por organizar o concurso do Banco do Brasil?
A banca organizadora dos concursos do Banco do Brasil é a Fundação Cesgranrio. A instituição está há mais de 40 anos na área de educação e é referência na administração de editais — além de estar presente em projetos sociais e culturais.
O conteúdo programático da Cesgranrio costuma ser bem equilibrado, como já mencionado, e geralmente tudo o que é listado no edital aparece no exame. Suas questões apresentam enunciados de duas a três linhas e sua dinâmica de resposta segue o esquema de múltipla escolha.
Esteja prevenido também da sua predileção pelo uso de imagens nas questões: gráficos, fotografias e charges são utilizadas com frequência com o objetivo de testar o raciocínio lógico e interpretativo do candidato.
Uma excelente notícia para os concurseiros do Banco do Brasil é que esta banca é conhecida por reaproveitar perguntas de concursos passados. Assim, os candidatos que estudarem a partir de provas anteriores (e recentes) da Cesgranrio terão essa vantagem capaz de melhorar o seu desempenho.
Histórico das bancas que já organizaram concursos do Banco do Brasil
A Cesgranrio não foi a única banca a organizar os concursos do Banco do Brasil — ao longo dos anos, a instituição contou com outras examinadoras também, apesar de manter esta Fundação como a principal já há algum tempo.
Dá uma olhada nas bancas dos últimos editais:
- 2023: Cesgranrio;
- 2021: Cesgranrio;
- 2015: Cesgranrio;
- 2014: Cesgranrio;
- 2013: FGV;
- 2012: FCC.
Como é o processo de seleção da banca?
Via de regra, a seleção de uma banca organizadora de concurso existe para provar que esta empresa privada está apta para conduzir as etapas do exame. O principal critério dessa decisão é, portanto, a vantagem que esta representa para a Administração Pública. Ou seja, aquela que resulta no melhor custo-benefício.
Outro fator determinante na seleção são os valores de taxa de inscrição praticados pela banca — uma informação que deve constar na proposta dessas empresas.
Embora esta seja a visão geral do processo de seleção, na prática existem diferentes protocolos de escolha que podem ser seguidos. Vejamos quais são:
Etapas e critérios considerados no processo de seleção
Uma instituição pode passar por uma variedade de processos distintos para selecionar a banca organizadora de seu concurso. No entanto, os mais comuns são esses três: licitação por concorrência, pregão eletrônico e dispensa da licitação.
- Licitação por concorrência: nesse tipo de seleção, qualquer empresa interessada em organizar um concurso pode participar, desde que comprove ter os requisitos mínimos exigidos para o edital (critérios listados já no momento de publicação deste edital de licitação). Geralmente, essa modalidade é vista com mais frequência no caso de contratos de valores mais altos;
- Pregão eletrônico: é uma espécie de leilão na qual a escolha prioriza o lance que for mais favorável. Nessa dinâmica, ao contrário do que acontece em leilões propriamente ditos, os lances dados são cada vez menores. É um processo popular de seleção por considerar basicamente apenas o valor mais baixo da taxa de inscrição. Ao mesmo tempo, também é alvo de muitas críticas, já que dificulta a captação de recursos por parte das bancas quando as taxas são muito baratas, uma vez que consequentemente precisam empreender cortes de custos em outros aspectos importantes do concurso — como treinamento para os aplicadores e segurança;
- Dispensa da licitação: embora a licitação seja uma regra válida para qualquer contratação e aquisição para o serviço público (Art. 37, XXI da Constituição Federal), a própria Lei estabelece que, às vezes, há casos em que esse processo não precisa ser adotado — normalmente quando há necessidade de agilizar o concurso. De qualquer forma, vale o adendo de que esse tipo de licitação é uma ferramenta cujo objetivo é promover igualdade na disputa, considerando as empresas interessadas em organizar o edital e que concorrem entre si.
Curiosidade: na maior parte dos editais, quem assume todos os custos gerados pela realização do concurso é a própria banca organizadora. Como forma de compensação pelo trabalho, ficam com as taxas de inscrição dos participantes — o que pode levá-las ao prejuízo. Isso nos faz voltar à razão pela qual a seleção por pregão eletrônico é tão mal vista, uma vez que a empresa vencedora acaba sendo aquela que delimita taxas mais baixas.
Seja como for, importante destacar também que todo esse processo é acessível aos participantes do concurso, uma vez que tudo é registrado de forma transparente!
Como o Banco do Brasil seleciona a banca organizadora?
Geralmente, o Banco do Brasil define qual será a banca organizadora de seus concursos via processo de licitação. Esse modelo é seguido para garantir condições de igualdade aos participantes e verificar se as empresas interessadas atendem aos requisitos técnicos e capacidades de execução estabelecidos pelo BB.
Alguns dos pontos de atenção nas propostas são:
- Proposta financeira: aqui o BB considera o valor ofertado para que o concurso seja realizado, a fim de verificar se este apresenta uma boa relação de custo-benefício;
- Experiência prévia: um dos fatores que contam para a seleção é a experiência da banca em áreas semelhantes àquelas dos cargos ofertados pelo Banco do Brasil;
- Idoneidade: aqui, considera-se a reputação da banca e seu histórico de atuação em outros concursos;
- Capacidade técnica: a banca ideal deve provar-se capaz de elaborar e aplicar provas de qualidade e que sigam os critérios estabelecidos pelo BB.
Apesar do processo de licitação ser o mais comum utilizado pelo BB, é importante lembrar que isso não é uma regra. Em seu histórico, a instituição já realizou seleções a partir de dispensa de licitação e até por meio de pregões eletrônicos.
Qual a data do próximo concurso do Banco do Brasil?
Os concursos do Banco do Brasil não são realizados com uma periodicidade fixa. Em determinados anos, por exemplo, ele nem sequer foi aplicado.
Geralmente, as vagas são abertas quando o BB sente a necessidade de reposição ou adição de colaboradores, quando busca expandir suas atividades, criar novos pontos ou formas de atendimento, etc etc.
Às vezes, o Banco também abre vagas para concursos para formação de cadastro reserva. Em termos mais simples, é uma forma de reunir talentos para suprir demandas futuras.
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Os exames dos concursos do Banco do Brasil geralmente contam com questões bastante complexas sobre conhecimentos específicos do mercado financeiro. Se você deseja, então, começar a estudá-los, eu te recomendo se inscrever no canal da TopInvest no YouTube.
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