Nós conhecemos muito bem alguns dos principais erros que estão tornando o raciocínio lógico para concurso um obstáculo na sua preparação.

Ler rápido demais, ter pressa ao marcar uma resposta, não saber aplicar estruturas ao enunciado, não conhecer termos frequentes… A lista é grande e a conclusão é uma só: essa matéria é pura técnica — e prática.

Se você tem tido problemas com essa disciplina, prometemos facilitar a sua vida neste artigo. Aqui, compilamos tudo o que você precisa saber para se preparar de verdade para seu próximo concurso. Olha só:

  • O que cai em raciocínio lógico para concurso;
  • Quais são os 3 tipos de raciocínio lógico;
  • Qual a ordem correta para estudar raciocínio lógico;
  • Quais são os 5 macetes para resolver questões de raciocínio lógico;
  • Quais são as bancas que mais cobram raciocínio lógico para concurso;
  • Quais erros evitar ao estudar raciocínio lógico para concurso.

Acredite: tem muito exemplo, dica prática e truques para você destravar na matéria e melhorar sua performance. No final, ainda sugerimos uma ferramenta que vai potencializar os seus estudos. Bora?

O que cai em raciocínio lógico para concurso?

Nas provas de raciocínio lógico, o que mais cai envolve quatro grandes grupos de questões: lógica proposicional, sequências numéricas e padrões, problemas com diagramas e conjuntos e raciocínio lógico-analítico.

Em cada categoria, é esperado que o seu raciocínio se desenvolva de formas distintas. Veja só o que você deve fazer em cada um desses exercícios:

  • Lógica proposicional: você precisa interpretar sentenças com conectivos (“e”, “ou”, “se… então…”) e identificar seus valores de verdade. É comum usar tabelas-verdade para descobrir se a conclusão de um argumento é válida;
  • Sequências numéricas: exigem encontrar o padrão que rege a progressão — seja aritmética, geométrica, alternada ou baseada em diferenças entre os termos
  • Problemas com diagramas e conjuntos: cobram a visualização de interseções entre grupos, normalmente usando diagramas de Venn; 
  • Raciocínio lógico-analítico: trabalha com informações encadeadas, como “três pessoas moram em casas de cores diferentes”; aqui, se espera que você monte tabelas e elimine hipóteses incoerentes.

Dica extra: embora cada banca aborde esses tipos de raciocínio lógico de maneiras distintas, os temas em si não mudam muito. Por isso, dominá-los é o segredo para não ter nenhuma surpresa negativa no dia do concurso.

Quais são os 3 tipos de raciocínio lógico?

Existem três formas principais de raciocínio lógico cobradas em provas de concurso: dedutivo, indutivo e abdutivo. Às vezes, o raciocínio analógico também aparece no exame.

Abaixo, resumimos para você o que cada um deles significa e como são usados nas questões.

Dedutivo

O raciocínio dedutivo parte de premissas gerais para chegar a uma conclusão específica e logicamente necessária. Ou seja, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será. E olha só: é o tipo mais comum em provas que envolvem proposições e conectivos.

Exemplo:

  • Regra geral: todos os bancários são concursados;
  • Caso específico: João é bancário;
  • Conclusão: João é concursado.

Fique de olho: esse tipo de pensamento costuma ser necessário em questões que usam “se” e “então”. 

Indutivo

O raciocínio indutivo faz o caminho inverso: parte de observações particulares para chegar a uma conclusão geral. É usado para identificar padrões e tendências, como em sequências numéricas.

Exemplo: 2, 4, 6, 8… → próximo número: 10.

Na prática, o que você precisa fazer é observar um caso concreto e criar uma regra provável a partir dele.
Mas cuidado: a indução nem sempre gera uma conclusão certa — apenas provável. Afinal, esse é o raciocínio das generalizações e previsões.

Abdutivo

O raciocínio abdutivo é aquele que busca a melhor explicação possível para um conjunto de dados ou evidências incompletas.
É o raciocínio do “provavelmente”, muito usado em questões interpretativas e problemas que pedem hipóteses coerentes.

Exemplo:

  • O chão está molhado;
  • Logo, provavelmente choveu.

Dica: esse raciocínio aparece em provas quando a banca apresenta informações parciais e você precisa construir hipóteses consistentes. É muito próximo do raciocínio investigativo, que liga os pontos e avalia possibilidades.

Qual a ordem correta para estudar raciocínio lógico?

Como aprender raciocínio lógico exige método, a chave está em começar do básico — entendendo o funcionamento da lógica — e evoluir para a aplicação prática em questões de prova. Aqui vai uma sugestão de sequência para o seu cronograma:

EtapaO que estudarO que treinar na prática
1Fundamentos e proposiçõesIdentificar frases verdadeiras ou falsas
2Tabelas-verdadePreencher combinações lógicas
3Equivalências e negaçõesAplicar contrapositivas e aprender leis de Morgan
4Conjuntos e diagramasRepresentar relações e interseções
5Sequências e padrõesIdentificar progressões e regras numéricas
6Raciocínio analíticoResolver problemas com várias condições

Para te ajudar, explicamos a seguir os detalhes dessa sequência lógica de estudo, com alguns exemplos práticos. Bora?

1 – Comece pelos fundamentos da lógica

Antes de começar a resolver questões, você precisa entender o que é uma proposição e como os conectivos lógicos alteram o significado das frases.

Uma proposição é qualquer sentença que pode ser classificada como verdadeira ou falsa, mas nunca as duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo:

  • “O sol é uma estrela.” → Verdadeira;
  • “2 + 2 = 5.” → Falsa.

Agora, observe: “Feche a porta!” não é uma proposição, pois não tem valor lógico. Essa distinção é mais importante do que você imagina, pois a maioria das questões trabalha justamente com proposições verdadeiras e falsas.

Depois, aprenda os conectivos lógicos — como o e” (∧), “ou” (∨), “se… então” (→) e “se e somente se” (↔). Na prática, cada um tem comportamento próprio. Por exemplo:

  • “Maria estuda e João trabalha” (Maria ∧ João): só é verdadeira se as duas partes forem verdadeiras;
  • “Maria estuda ou João trabalha” (Maria ∨ João): é verdadeira se pelo menos uma das partes for verdadeira.

2 – Domine a construção e leitura das tabelas-verdade

A tabela-verdade é uma ferramenta que te ajuda a visualizar todos os possíveis valores (verdadeiro/falso) de uma proposição composta. É com ela que você comprova se um argumento é válido ou não.
Por exemplo, veja esta proposição: “Se João estuda, então passa na prova”. Você pode representá-la assim:

  •  P = “João estuda”;
  • Q = “João passa na prova”;
  • P → Q.

Montando essa organização na tabela-verdade, fica assim:

PQP → Q
VVV
VFF
FVV
FFV

Nesse caso, o condicional (→) só é falso quando a primeira parte é verdadeira e a segunda é falsa.

3 – Estude equivalências e negações lógicas

Essa é uma das partes mais cobradas e também uma das que mais confundem os candidatos. Aqui, o foco é entender como uma proposição pode ser reescrita de forma equivalente ou negada corretamente.

Um exemplo clássico é a contrapositiva: “Se Maria estuda, então passa”. A contrapositiva é: “Se Maria não passa, então não estuda”. Ou seja, as duas proposições são logicamente equivalentes.

Outro ponto importante são as negações de proposições compostas:

  • Negação de “A e B” é “¬A ou ¬B”;
  • Negação de “A ou B” é “¬A e ¬B”.

Essas transformações de textos em símbolos vêm das Leis de Morgan e aparecem com frequência em provas da FGV, FCC e Cebraspe.

4 – Avance para conjuntos e diagramas de Venn

Quando tiver dominado as proposições, ou ao menos se familiarizar mais com elas, é hora de trabalhar a parte visual do raciocínio lógico. Os diagramas de Venn servem para representar relações entre grupos, como “todos”, “alguns” e “nenhum”.

Por exemplo, imagine uma questão que mencione que, dentre os 100 funcionários de uma empresa, 60 falam inglês, 40 espanhol e 20 falam ambos. Se a sua tarefa for descobrir quantos funcionários não falam nenhum idioma, você pode ser induzido ao erro se não organizar os dados do enunciado.

Nesse caso, o diagrama de Venn serve para você dispor essas informações em círculos, fazer interseções quando necessário e racionalizar a sua contagem.

5 – Treine sequências numéricas e padrões

As bancas adoram esse tipo de questão porque testam sua percepção de padrão e agilidade. Além disso, enunciados do tipo exigem um olhar treinado para perceber padrões secundários, como diferenças ou razões.

Por exemplo, na sequência “3, 6, 12, 24, …”, é relativamente fácil notar que cada número é o dobro do anterior, então o próximo seria 48. 

Já na sequência “2, 6, 12, 20, 30, …”, o padrão não é tão evidente à primeira vista. Para descobrir a lógica, é preciso calcular as diferenças entre os termos consecutivos:

  • 6 − 2 = 4; 
  • 12 − 6 = 6; 
  • 20 − 12 = 8; 
  • 30 − 20 = 10.

Perceba que essas diferenças aumentam de 2 em 2 — ou seja, formam uma nova sequência aritmética (4, 6, 8, 10…). Seguindo esse raciocínio, a próxima diferença será 12, e o próximo termo será 30 + 12 = 42. 

6 – Pratique o raciocínio analítico e os problemas encadeados

Depois de dominar os fundamentos, você pode passar para as questões complexas, típicas de concursos bancários — aquelas em que você precisa cruzar várias condições. Veja um exemplo:

Três pessoas — Ana, Bruno e Carla — moram em casas de cores diferentes (azul, verde e vermelha) e cada uma tem um animal distinto (gato, cachorro e peixe).

As pistas são:

  • Ana não mora na casa azul;
  • Quem mora na casa verde tem um cachorro;
  • Bruno tem um peixe.

Nesse caso, a melhor estratégia é montar uma tabela de possibilidades:

PessoaCor da casaAnimalObservações
AnaVerde ou vermelhaCachorro ou gatoNão mora na casa azul
BrunoAzul ou vermelhaPeixeNão pode estar na casa verde, pois o morador da casa verde tem cachorro
CarlaAzul, verde ou vermelhaGato, cachorro ou peixeSerá deduzida pelas eliminações

Com base nas pistas e na organização, você consegue raciocinar assim:

  • Se o morador da casa verde tem cachorro, e Bruno tem peixe, então Bruno não mora na casa verde;
  • Se Ana não mora na casa azul, restam para ela as casas verde ou vermelha;
  • Se Ana ficar na casa verde, ela teria o cachorro (pista 2), o que é coerente.
  • Logo, Bruno só pode morar na vermelha (já que a verde é de Ana), e Carla, por eliminação, fica com a azul.

Assim, a conclusão é:

  • Ana → casa verde → cachorro;
  • Bruno → casa vermelha → peixe;
  • Carla → casa azul → gato

O objetivo da tabela, então, é visualizar as relações e eliminar hipóteses conflitantes até restar apenas uma configuração que satisfaça todas as condições do enunciado. 

Quais são os 5 macetes para resolver questões de raciocínio lógico?

Algumas técnicas e truques são úteis para te ajudar a ler com mais atenção, pensar com clareza e resolver questões com o raciocínio lógico correto, sem cometer erros. São elas:

  1. Identificar os termos usados no enunciado;
  2. Conhecer as estruturas de símbolos para agilizar o raciocínio;
  3. Transformar o texto em estrutura visual;
  4. Desconfiar de possíveis armadilhas;
  5. Nunca ficar só na teoria.

Agora, aprenda como colocar cada um deles em prática.

1 – Identificar os termos usados no enunciado

Esse é o macete mais importante, já que a maioria dos erros em raciocínio lógico acontece antes mesmo do cálculo ou da análise, por pura falha de interpretação.
Em questões de lógica, cada palavra carrega um valor específico. Conectivos como “e”, “ou”, “se… então”, “somente se”, “logo” e “portanto” não são sinônimos do português comum — nos concursos, eles têm sentido técnico.

Por exemplo:

  • “Se Ana estuda e Pedro trabalha, então João viaja”: aqui, as duas condições precisam ser verdadeiras para que João viaje;
  • “Se Ana estuda ou Pedro trabalha, então João viaja”: nessa, basta uma das duas para que João viaje.

Um simples “e” ou “ou” muda todo o sentido da frase — e, portanto, a resposta correta. Durante os simulados ou na hora da prova, recomendamos que você:

  • Sublinhe os conectivos (se, então, ou, e, somente se, logo);
  • Circule as condições (ex.: “Maria estuda”, “João trabalha”);
  • Destaque o que está sendo pedido (ex.: “Qual é a conclusão correta?”).

Se o texto for longo e soar confuso, reescreva com suas próprias palavras, de forma mais simples. 

2 – Conhecer as estruturas de símbolos para agilizar o raciocínio

Saber como traduzir o texto em símbolos é o segredo para pensar mais rápido e enxergar as relações lógicas sem se perder em frases longas. A chamada “linguagem da lógica” é composta por símbolos que encurtam e simplificam o pensamento, e você pode aprendê-los agora mesmo:

SímboloFunçãoSignificadoExemplo
¬NegaçãoNega uma proposição¬P = “Maria não estuda”
Conjunção“E” (as duas partes verdadeiras)P∧Q = “Maria estuda e João trabalha”
Disjunção“Ou” (pelo menos uma verdadeira)P∨Q = “Maria estuda ou João trabalha”
Condicional“Se… então…”P→Q = “Se Maria estuda, então passa”
Bicondicional“Se e somente se”P↔Q = “Maria estuda se e somente se João estuda”
LogoIndica conclusão“Logo, Maria será aprovada”
Quantificador universal“Para todo”“Todo candidato que estuda passa”
Quantificador existencial“Existe”“Existe um candidato que passou sem estudar”

3 – Transformar o texto em estrutura visual

Muitas questões trazem várias condições encadeadas, como nomes, posições, horários, cores, profissões. Tentar resolver tudo de cabeça é um erro clássico.
Por isso, o terceiro macete é organizar a questão visualmente — em tabelas, diagramas ou grades. 

Outra dica é usar marcações (✓, ✗, ?). Conforme lê o enunciado, vá eliminando hipóteses impossíveis. Essa técnica se aplica a problemas de:

  • Distribuição de cargos/pessoas;
  • Posições (à direita, à esquerda, em ordem de chegada);
  • Relações condicionais (quem faz o quê, quando e onde).

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4 – Desconfiar de possíveis armadilhas

As bancas de concurso adoram usar palavras enganosas ou ambíguas para induzir o candidato ao erro.
Termos como “somente se”, “pelo menos”, “no máximo”, “exatamente”, “nenhum” e “todos” mudam completamente o sentido da questão e você com certeza vai se deparar com eles na sua jornada.
Para você ter ideia de como essas pegadinhas são arquitetadas, leia estas duas frases:

  • “Se João estuda, então Maria trabalha”;
  • “João só estuda se Maria trabalhar”.

As frases parecem dizer a mesma coisa, mas não dizem. Na primeira, o estudo de João causa o trabalho de Maria. Na segunda, o trabalho de Maria é a condição para que João estude.  A inversão muda tudo.

Para não ter problemas em enunciados do tipo, use essas táticas:

  • Ao ver expressões como “somente se”, releia a frase invertendo mentalmente a relação (para entender quem depende de quem);
  • Faça o mesmo com “no máximo” e “pelo menos”:
    • “No máximo três pessoas” → 0, 1, 2 ou 3.
    • “Pelo menos três pessoas” → 3, 4, 5…

E nunca caia na armadilha do “quase certo”: em raciocínio lógico, ou é verdadeiro, ou é falso. Uma afirmação 90% correta é totalmente errada — e desconta pontos da sua nota.

5 – Nunca ficar só na teoria

Lógica não se decora, se exercita. Assim como acontece na matemática, seu cérebro precisa repetir padrões até que o seu raciocínio se torne automático. 

Se praticar com constância, especialmente com questões de editais anteriores ao que você vai prestar, começa a reconhecer o tipo de questão assim que ler o enunciado.

Aqui vai uma sugestão de estratégia para incluir os exercícios de raciocínio lógico no seu cronograma de estudos:

  • Resolva pelo menos 5 questões por dia;
  • Prefira questões comentadas, para entender o raciocínio por trás da resposta;
  • Anote seus erros para revisá-los no futuro, incluindo as razões pelas quais errou uma questão;
  • De tempos em tempos, refaça as mesmas questões. Você verá como o raciocínio fica mais rápido.

Quais são as bancas que mais cobram raciocínio lógico para concurso?

Entre as bancas mais conhecidas por cobrar raciocínio lógico, temos:

  • FGV (Fundação Getulio Vargas): gosta de questões discursivas e contextualizadas, que exigem interpretação apurada;
  • Cesgranrio: tradicional em concursos bancários (é a famosa banca do Banco do Brasil), foca em lógica proposicional e sequências numéricas;
  • Cebraspe (antigo Cespe/UnB): apresenta problemas com várias proposições e alternativas “certo/errado”;
  • FCC (Fundação Carlos Chagas): tende a cobrar lógica argumentativa e proposicional com bom nível de detalhe;
  • IBFC e Vunesp: misturam tópicos de lógica formal e problemas de conjuntos, com linguagem mais direta.

Dica: sempre use questões de editais anteriores para estudar. Como cada banca organizadora tem um estilo diferente na hora de montar o exame, o ideal é que você se familiarize com essa abordagem.

Quais erros evitar ao estudar raciocínio lógico para concurso?

Muitas vezes, o problema não está na dificuldade do conteúdo, mas em erros de abordagem — maneiras equivocadas de estudar, interpretar ou praticar a matéria. Os mais frequentes entre os candidatos são:

  • Ler rápido demais e ignorar os conectivos;
  • Tentar resolver tudo de cabeça;
  • Pular a teoria e ir direto para as questões;
  • Não revisar os erros cometidos;
  • Estudar de forma desorganizada e sem sequência lógica;
  • Ignorar o fator tempo e a pressão da prova;
  • Confiar apenas em “macetes prontos” sem entender o raciocínio.

Veja agora o que eles causam e como evitá-los.

Ler rápido demais e ignorar os conectivos

Esse é, de longe, o erro mais comum. Em provas de raciocínio lógico, as palavras não são escolhidas por acaso: “se”, “então”, “somente se”, “ou”, “e”, “logo”, “portanto”, “nenhum”, “alguns” — todas têm valor lógico. 

Se você ler rápido na ilusão de ganhar tempo ou interpretar de forma intuitiva, com base na linguagem do dia a dia, vai acabar distorcendo completamente o significado da proposição.

Olha só como evitar esse problema:

  • Substitua a leitura corrida por uma leitura analítica: destaque os conectivos e reescreva as proposições com símbolos;
  • Treine identificar o papel de cada palavra (“e”, “ou”, “somente se”) antes de resolver.
    Esse hábito, sozinho, já elimina boa parte dos erros em provas de lógica proposicional.

Tentar resolver tudo de cabeça

Confiar apenas na sua memória de curto prazo para resolver um problema complexo causa confusão, contradição e ainda te faz perder tempo

Se uma questão tiver muitas condições (“Ana é médica, Beto é engenheiro, Carla não mora na mesma cidade que Ana…”) exigem que você esquematize todas essas informações.

Para evitar se perder em enunciados assim:

  • Monte tabelas para problemas de associação (pessoas, cargos, posições);
  • Use diagramas de Venn para conjuntos e interseções;
  • Faça pequenas legendas e símbolos para relações lógicas (A→B, ¬A∨B, etc.).

Quanto mais visual for seu processo, mais rápido e seguro será o raciocínio.

Pular a teoria e ir direto para as questões

Esse é o erro típico de quem quer “acelerar o estudo” e acaba ficando travado nas questões. O raciocínio lógico é cumulativo: sem entender a base conceitual, você só decora respostas. Na hora do exame, vai se deparar com situações novas e não saber como resolvê-las.

Há uma crença equivocada de que raciocínio lógico é “só prática”, como se fosse matemática. Mas, na verdade, é uma disciplina de estrutura de pensamento. Por isso, para evitar:

  • Estude primeiro os conceitos fundamentais: proposições, conectivos, tabelas-verdade, equivalências e leis de Morgan;
  • Só depois passe para as questões, pois a prática só faz sentido quando o cérebro sabe o que está praticando.

Não revisar os erros cometidos

Se você não entende a razão pela qual errou uma questão, é muito provável que o seu cérebro cometa o mesmo equívoco novamente quando estiver resolvendo uma questão semelhante.

Para evitar, faça o seguinte:

  • Mantenha um registro dos seus erros, ou seja, anote a questão, o tipo de erro e o motivo (interpretação, fórmula, distração);
  • Refaça periodicamente as mesmas questões, focando nas que errou.

Dica extra: estude e faça simulados com questões comentadas para ter uma compreensão maior sobre a lógica do enunciado e a justificativa por trás de cada alternativa. Essa ferramenta também serve como atalho para você dominar o estilo da banca organizadora.

Estudar de forma desorganizada e sem sequência lógica

O raciocínio lógico é uma disciplina estruturada, pois um conteúdo depende do outro. Se você estudar de maneira aleatória, vai ter lacunas de entendimento te impedindo de avançar.

Por exemplo, tentar resolver questões de equivalência lógica sem antes dominar proposições e conectivos é o mesmo que tentar resolver equações sem saber somar.

Para evitar, tente seguir essa ordem de aprendizado:

  • Fundamentos e proposições;
  • Tabelas-verdade;
  • Equivalências e negações;
  • Conjuntos e diagramas;
  • Sequências e padrões;
  • Raciocínio analítico.

Ignorar o fator tempo e a pressão da prova

Se você não simular a pressão do tempo real do concurso, vai acabar se desesperando na hora do exame, ou perdendo tempo demais em uma única questão.

Lembre-se que questões de raciocínio lógico tendem a ter enunciados mais longos, ao mesmo tempo, em que exigem agilidade na leitura. Então, treinar exatamente essa condição vai tornar seu raciocínio mais ágil, além de lapidar não somente seu conhecimento sobre o conteúdo, mas também sua performance.

Olha só algumas dicas que vão te ajudar:

  • Faça simulados cronometrados, resolvendo blocos inteiros de lógica (10 a 15 questões);
  • Use o mesmo tempo que teria na prova e marque quantas questões consegue resolver com segurança;
  • Treine também o autocontrole — se uma questão está muito difícil, pule e volte depois.

A meta é transformar o conhecimento teórico em reflexo sob pressão, para que o raciocínio flua naturalmente no dia do exame.

Confiar apenas em “macetes prontos” sem entender o raciocínio

Os macetes são extremamente úteis para melhorar sua performance em raciocínio lógico, mas a ideia não é que você apenas os decore. Lembre-se: eles são ferramentas para serem usadas, não atalhos para serem tomados cegamente.

Em termos mais práticos, o candidato que usa macetes como meros atalhos (“negação de ou vira e”, “se… então vira contrapositiva”) sem compreender o porquê fica mais vulnerável a pegadinhas que exigem raciocínio além da fórmula.
E olha só: as bancas sabem disso e costumam mudar levemente o enunciado para derrubar quem aprendeu de forma mecânica.

Como evitar? Faça o seguinte:

  • Use os macetes como apoio, não como substituto da compreensão;
  • Sempre que aprender uma regra, entenda também a lógica por trás dela;
  • Teste o macete em exemplos diferentes e verifique se ele se mantém válido.

Sabemos o segredo para conquistar sua aprovação em concurso

Estudar com questões comentadas em vídeo vai te trazer muito mais segurança e agilidade em exames de concurso, seja no raciocínio lógico, ou em outras matérias. 

Por isso, temos uma ferramenta para te ajudar a se preparar de uma vez e mandar muito bem no exame: um compilado de questões comentadas, baseadas nas provas dos últimos 10 anos dos principais concursos bancários do país. Topa conhecer?

Sabia que somos a única plataforma que te dá essa ajuda? Com a gente, você não fica só no gabarito.

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